A Mensagem Visual
A mensagem visual, pode ser lida e interpretada de acordo com a época e com as experiências sociais e culturais que cada um tem.
Atribui-se à mensagem visual a conotação de polissemia devido às várias análises e interpretações que a mesma poderá causar, sendo preocupante quando existe uma leitura incorrecta e uma diversidade de interpretações.
Com a introdução de palavras ou signos linguísticos na mensagem visual, reduzirá a referida polissemia e funcionará como mecanismo de ancoragem e de complementaridade à mesma.
Sem qualquer dúvida, que o idioma da imagem possui a sua gramática, uma gramática em que as palavras são imagens e as frases, planos.
Para Gunther Kress e Theo van Leeuwen (1996), criadores da Gramática de Representações Visuais, a noção de multimodalidade são as várias formas de representação que compõem uma mensagem, desenvolvidas numa teoria de comunicação semiótica a Semiótica Social.
Estes investigadores, afirmam que a noção-chave é o fazer-signo, como o acto de se criar novos signos, num processo de significação dos participantes (emissor e receptor) e a natureza das relações entre eles, ou seja, num circuito comunicacional.
Roland Barthes (1915-1980) continua sendo, o nome mais conhecido da Semiologia de origem francesa, como o crítico que pela primeira vez aplicou o método estruturalista à análise do conteúdo fotográfico.
Utilizou a análise semiótica na interpretação de imagens em propagandas/anúncios publicitários e revistas, destacando o seu conteúdo político (Marxismo).
Dividiu o processo de significação em:
*denotativo – relacionado com a percepção simples e superficial;
*conotativo – organizado por um sistema de códigos simbólicos (mitologias) e culturais.
Através da união destes dois fenómenos é então possível estreitar um caminho para a comunicação, seleccionando e rejeitando signos para a elaboração de uma mensagem que se pretende clara e concisa.
Estas perspectivas têm grande relevância se aplicadas ao Ensino.
Nós, professores, enquanto produtores ou divulgadores de imagens temos um papel importante e decisor no tipo de mensagens que passamos dentro de sala de aula. Quantas vezes um livro não mostra imagens que acabam por nada acrescentar à mensagem escrita?
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Bibliografia
Joly, Martine, (2007), Introdução à análise da imagem, Lisboa, Edições 70.
Pereira, Alda, Gramática da mensagem visual, Lisboa, Lisboa, Universidade Aberta
http://www.candocareersolutions.ca/publication/0553.pdf
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=11&id=77
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